Quando me casei com um “maker”, um cara que conserta as coisas (não se conforma que algo esta quebrado e passa HOOOORas tentando consertar), cozinha, e inventa, eu não tinha a menor ideia do que era o ‘maker movement’. Alias, o movimento provavelmente ainda não existia, mas pessoas criativas e dispostas a colocar a mão na massa já estavam espalhadas por todos os lugares. O termo Do-It-Yourself é o prelúdio do que hoje é conhecido como Movimento Maker, e aqui no Brasil, apesar de ainda termos mão de obra barata, mais e mais pessoas arriscam e colocam a mão na massa. Sites que estimulam a curiosidade e a experimentação como Manual domundo, Criança na cozinha, Instructables e Pinterest estão atraindo mais e mais pessoas.
Mas o que é o movimento maker?
Para entender melhor o conceito, pare de ler um pouco e responda as seguintes perguntas:
Se você pudesse inventar qualquer coisa, o que você inventaria?
Qual seria o processo, ou melhor, como você faria?
A maioria das pessoas provavelmente teria uma boa ideia. No entanto, tantos não saberiam como realizar o seu sonho, pois não foram motivadas a pensar no processo. Frequentemente, engenheiros e cientistas não pensam linearmente, mas exploram e experimentam até chegar a soluções criativas. As pessoas que participam do movimento acreditam que qualquer um pode ser um “maker” e inventar algo interessante. Acreditam também na importância do experimentar, colaborar e de ser persistente, a fim de aprender com os erros e tentativas. O movimento maker é o aprender colaborativo e um estímulo à criatividade e à experimentação.
Na semana passada eu visitei a Maker faire em Nova Iorque e pude ver o entusiasmo de jovens, pais e educadores que acreditam no aprender fazendo. Foi muito bacana, por exemplo, conversar com o Mike e ouvi-lo falar cheio de entusiasmo sobre como aprendeu a imprimir em 3D um brinquedo para sua irmã.
Ver famílias construírem e programarem juntas, em um delicioso mergulho no conhecimento.
Conversar com um pai que feliz observava sua filha experimentar com conceitos de circuitos que ela só conhecia na teoria.
E conversar com designers que agora podem prototipar com custo baixo e criar em porcelana ou metal.
No jardim de infância, as crianças costumam aprender brincando, inventando e experimentando. Por que será que, no resto de sua vida escolar, os alunos devem aprender na teoria o que poderiam aprender na pratica? O movimento maker nas escolas, que está ganhando cada vez mais espaço nas escolas nos Estados Unidos, resgata a experimentação na educação. A Casa Thomas Jefferson traz esse importante aspecto da cultura americana para os nossos alunos e comunidade. Fique atento e siga o que esta acontecendo na nossa escola aqui.